Itália

Duas semanas, um país...

Acho que qualquer um que sai da inércia e resolve viajar a passeio, seja para onde for, já merece o meu respeito. Afinal de contas, viajar é arriscar-se. Por mais que se planeje, ou se entregue em mãos experientes, como agências de turismo, não há como prever o que pode acontecer. Talvez resida aí a emoção.

Tendo falado isso, acho curioso quando a agência oferece um pacote tipo "aproveite enquanto está vivo" e visite 5 países em 10 dias... Sinceramente, eu acho válido, mas está muito, muito longe de ser o ideal. Por essas e outras, quando decidimos escolher nosso destino turístico de 2014, optamos por duas semanas somente na Itália.

Por que Itália?

A Itália tem muitos atrativos amplamente divulgados e conhecidos de todos que esperam um dia viajar. Mas a própria História do país nós faz encontrar motivações a mais para escolher esse destino. A Itália contemporânea apenas surgiu como Estado em 1861, quando o Rei da Sardenha, Vittorio Emanuelle II unificou a maioria dos estados da península itálica, além das duas principais ilhas. 

Foram encontrados vestígios pré-históricos na península e muitas culturas surgiram e desapareceram, até que os etruscos ali se estabeleceram por volta do séc VIII a.C., vindo posteriormente a ser a principal influência de Roma, juntamente com os gregos. 

Da ascensão e queda de Roma, passando pela Idade Média e Renascença, quando nas cidades-estados florescem movimentos como o Renascimento, até a unificação do país, primeiro como Reino e depois como República, passando inclusive pelo Fascismo, até chegar a Itália que conhecemos hoje, a História deu muitas voltas e possibilitou que esse destino proporcionasse culturas diversas e coexistentes, quase como se fossem muitos países em um só. Então, as regiões, ou mesmo algumas cidades em uma mesma região da Itália, podem ser muito distintas entre si.

Roteiro

Decidido o destino, agora era só elaborar um roteiro básico, tarefa que não é das mais fáceis, pois significa tanto escolher quanto cortar... Entre decidir e ir para a Itália, levamos pouco mais de um ano: pesquisamos passagens por uns quatro meses e as compramos oito meses antes de viajar. Dentre as cidades que optamos por conhecer, tínhamos apenas uma decisão a tomar: iniciar ou terminar por Roma.

Devido o meu interesse por História da Arte, sugeri ao grupo que seria melhor começar por Roma, pois a disposição seria muito melhor no começo da viagem. Ao final, restaria Milão, que foi incluída no roteiro por ser a representante da Itália moderna, que dita a moda e que é economicamente a força do país. Entre Roma e Milão, conheceríamos Florença e arredores, além de, é claro, Veneza (com um pit-stop em Verona). Poderíamos ter ficado mais tempo e conhecido muito mais, porém, chegamos a um acordo que 15 dias é o máximo que nossa vida nos permite nos ausentarmos...

Quando ir

Preferimos NÃO viajar em alta estação, tanto pelos custos quanto pela falta de comodidade (no Verão, os principais destinos turísticos são muito concorridos). Decidimos ir em MARÇO, ao fim do inverno, com temperaturas próximas as da primavera, que chegaria poucos dias depois de encerrarmos nosso passeio. Outono também é interessante para se viajar, mas deve-se se observar as chuvas. No norte da Itália, as temperaturas são mais baixas do que no resto do país, mas mesmo assim não tão baixas como em outras partes da Europa, o que facilita bastante para os visitantes de países tropicais.


Hotéis

Compradas as passagens (fomos pela TAP), definidas as cidades e a quantidade de dias necessários em cada uma delas, começamos a pesquisar hotéis. A ideia é que ficássemos bem localizados e em estruturas com quartos um pouco mais novinhos. Há poucas coisas piores do que adoecer em uma viagem e hotéis empoeirados com muitas cortinas e carpetes antigos podem contribuir para isso. Em relação aos custos, hotéis de 3 ou 4 estrelas, no máximo.

Fizemos amplas pesquisas no Trip Advisor, Booking, Decolar e Hoteis.com. Ao final, definimos nossos hoteis com quatro meses de entecedência. Fiquei muito satisfeita com nossas escolhas, pois todas superaram nossas expectativas e foram cruciais para o sucesso da viagem. 


Outras providências

Definidos destinos, datas, passagens e hotéis, as outras providências que nos restavam eram seguro de viagem (fazer e esperar não ter que usar), guias em algumas das cidades (acho um custo relativamente alto, mas foi fundamental no caso de cidades como Florença ou Veneza), carteira de motorista internacional e reserva de carro para nosso dia visitando a Toscana.

Ah! Vou explicar posteriormente, quando descrever cidade a cidade, toda a questão dos ingressos, porém já adianto que muitas das atrações podem e devem ser compradas ou agendadas previamente.

Planejar uma viagem a Itália é se encantar antecipadamente com esse país indescritível em toda sua beleza, importância, influência... A Itália é um estado de espírito. E como temos a disposição inúmeros blogs, livros, guias, filmes, relatos de viagens, páginas no Face, tudo para nos preparar para essa doce experiência, por que não começar a viajar mais cedo? 

Se animou? Fique com algumas das fotos de nossa viagem e não deixe de ver as próximas postagens, cidade a cidade. Até a próxima.




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